Sabia que metades das internações de idosos por traumas, em pronto-socorro, ocorrem devido a fraturas de quadril?
Não é à toa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu fraturas do fêmur como um importante problema de saúde pública, tanto em países desenvolvidos, como em desenvolvimento.
Só no Brasil, estimativas dão conta de que acontecem 100 mil casos de fraturas de quadril ao ano.
As fraturas de quadril são preocupantes, 80% dos que fraturam os quadris tornam-se incapazes de executar pelo menos uma atividade diária, 40% perdem a capacidade de andar sozinho, 30% tornam-se incapazes permanentes e 20% dos pacientes morrem em menos de um ano.
A osteoporose é o principal motivo de fraturas em pacientes idosos com quedas sucessivas. É uma condição clínica associada à diminuição da massa óssea (da densidade do osso), o que se traduz em uma maior fragilidade dos ossos.
Os principais tipos de osteoporose são:
– Pós-menopausa: atinge mulheres após a menopausa.
– Osteoporose senil: atinge pessoas com mais de 70 anos.
– Osteoporose secundária: atinge pessoas com doença renal hepática, endócrina, hematológica ou que usam alguns medicamentos, por exemplo, corticoides.
Osteoporose é uma doença caracterizada por uma baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Isso causa fragilidade óssea e aumento no risco de fraturas.
Normalmente o corpo faz a absorção e a substituição do tecido ósseo, porém, na osteoporose, essa nova criação óssea não acompanha a remoção da camada óssea anterior deixando os ossos frágeis e porosos.
Tal condição acomete principalmente mulheres acima de 50 anos, mas não é uma doença exclusiva das mulheres, podendo também acometer homens.
A doença compromete a resistência dos ossos e aumenta o risco de fraturas no pulso, fêmur e coluna vertebral. Muitas pessoas não apresentam sintomas até que a fratura ocorra.
A ausência de vitamina D e cálcio, o tabagismo, o sedentarismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas contribuem para o desenvolvimento da osteoporose.
A fratura no quadril é mais perigosa para pessoas com osteoporose, especialmente mulheres entre 50 e 75 anos. O número de casos é 6 vezes maior quando comparado com o sexo masculino.
A explicação se dá pelo fato das mulheres perderem um nível alto de massa óssea após a menopausa.
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Geralmente, as fraturas mais comuns de osteoporose em mulheres ocorrem no quadril, coluna lombar e punho.
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A principal forma de tratamento para osteoporose é a prevenção. Entre elas, é adicionar atividades físicas à rotina para fortalecer os músculos, reduzindo o risco de fraturas, já nas mulheres, fazer o acompanhamento adequado antes da menopausa como forma preventiva.
Por isso, busque auxílio de um médico ortopedista.
A osteoporose não provoca sintomas e por isso é uma doença silenciosa. As fraturas costumam ser sinais dessa doença. Geralmente o diagnóstico da osteoporose é realizado pelo exame de densitometria óssea. No entanto, este exame não está indicado como rotina para todos.
Deve ser feito em mulheres após a menopausa ou em indivíduos com risco de osteoporose secundária.
Uma boa forma de prevenção às fraturas femorais é a prevenir e controlar a osteoporose, assim como tomar cuidados em casa para evitar as quedas em idosos.
Sabemos que a fratura de fêmur em idosos é um evento de grande importância em idosos, aumentando a chance de complicações clínicas e diminuindo a sobrevida do paciente.
Para diminuir os danos e os riscos ao paciente idoso, é fundamental a prevenção e tratamento de doenças como a osteoporose, bem como o rápido atendimento no caso de fraturas.